Espero que você esteja gostando do nosso site. Se você quiser, conheça as psicólogas que atendem na Vila Olímpia presencialmente e também online por videochamada. Autor: Andreia Crocco Santos - Psicólogo CRP 06/146707
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é uma condição de saúde mental complexa que pode interferir de forma significativa na vida das pessoas, causando frustração e estresse.
Pessoas com TOC normalmente não procuram ajuda profissional por terem vergonha do seu comportamento. A consciência de que as suas ações não são convencionais aumenta o sentimento de culpa, vergonha e medo de ser descoberto, conforme dizem psicólogos. Entretanto, o tratamento é indispensável para devolver à pessoa com TOC a sua confiança e autonomia sobre a sua vida.
O que é Transtorno Obsessivo-Compulsivo?
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é uma condição de saúde mental associada à ansiedade. Os principais sintomas dessa condição são os pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos, os quais consomem muito tempo e energia.
Esta condição é normalmente diagnosticada no início da vida adulta. Os sintomas também podem aparecer na infância, adolescência e após os 35 anos, ainda que seja incomum.
Quando a pessoa não recebe tratamento adequado, o TOC tende a ser tornar crônico com sintomas com intensidade oscilante. Da mesma forma, quando a condição é diagnosticada ainda na infância ou adolescência, a probabilidade de ele se tornar crônico é muito maior.
O desenvolvimento do transtorno obsessivo-compulsivo é um tanto complicado, uma vez que outras condições atuam em concomitância na maioria dos casos. É comum haver o diagnóstico de transtorno de pânico, de ansiedade social, de ansiedade generalizada, de estresse pós-traumático, entre outros.
Outras condições menos comuns são a dismorfia corporal e a tricotilomania, caracterizada pela necessidade irresistível de arrancar fios de cabelo e da sobrancelha, cílios e pelos.
O que difere o TOC da mania de organização?
As pessoas popularmente usam o termo ‘TOC’ para se referir a uma apreciação por organização, simetria e limpeza. Dizem frases como “isso mexe com meu TOC” para se referir à sua necessidade de ordenação.
Embora seja apenas uma expressão que tenha se tornado popular, é importante destacar que o desejo por organização e limpeza difere dos sintomas obsessivos-compulsivos em frequência e intensidade.
Se alguém se sente incomodado com a desorganização do ambiente, mas esse incômodo não é intenso o bastante para causar angústia ou prejudicar a execução de afazeres diários, não é TOC.
Uma das explicações para o desgosto com a bagunça, sujeira ou objetos desalinhados é uma sensibilidade aos estímulos visuais, táteis e olfativos da bagunça. Os sentidos trabalham exaustivamente para processá-los, causando ansiedade, raiva ou estresse.
Quais são os sintomas de TOC?
Como dito, os principais sintomas do TOC são a compulsão e obsessão. Outros incômodos emocionais e psicológicos estão atrelados a eles, conforme visto abaixo.
Sintomas de obsessão
A obsessão se manifesta através de pensamentos obsessivos e intrusivos. Eles invadem a mente de súbito, além de serem recorrentes e persistentes. Com eles, trazem imagens de acontecimentos negativos ou trágicos envolvendo pessoas queridas ou a si mesmo, bem como de comportamentos considerados imorais ou tabus, como obsessões sexuais e agressivas.
Normalmente, a pessoa com TOC tem vergonha dos pensamentos considerados imorais e medo dos que envolvem cenas violentas. A preocupação é outro sintoma recorrente, que conduz a pessoa a pensar por um bom tempo sobre a sua obsessão. “Será que vai acontecer?”, “Será que não?” e “E se acontecer mesmo?” são dúvidas que despertam mais apreensão.
Seja como for, é raro ela contar para alguém que é perturbada por esses pensamentos devido ao medo de julgamento. Desse modo, guarda o estresse e a ansiedade desencadeada por eles dentro de si.
Sintomas de compulsão
A compulsão é expressa por meio de comportamentos repetitivos ou atos mentais. Eles são uma resposta aos pensamentos obsessivos e seguem regras rígidas estipuladas pelo próprio indivíduo. Os comportamentos compulsivos precisam ser executados de um jeito específico para satisfazer o indivíduo, tornando-se rituais.
Se a pessoa com TOC ignora a compulsão, ela é bombardeada por sintomas ansiosos, como pensamento acelerado, taquicardia, tremores, suor excessivo, entre outros. Por isso, tem dificuldade de controlar as suas compulsões.
Entre os tipos de compulsão estão:
- Contagem: contar objetos, decorações nos ambientes, degraus, postes de luzes, entre outros. A pessoa também pode somente contar números na sua mente.
- Toque: tocar objetos, decorações, partes do corpo e pessoas repetidamente.
- Verificação: verificar se a porta de casa está fechada, se o fogão está desligado e/ou se as janelas estão fechadas repetidamente.
- Acumulação: acumular objetos, desde coisas que não possuem valor até itens valiosos.
- Contaminação: por medo, a pessoa lava as mãos e o rosto repetidamente, além de passar longos minutos esfregando o corpo no banho.
- Simetria e ordem: organizar os objetos, decorações e roupas incansavelmente até encontrar a simetria perfeita.
- Ruminação: ruminar cenários hipotéticos de tragédias e pensamentos desagradáveis por várias horas ou dias.
Quando o TOC é grave?
O TOC é considerado grave quando prejudica muitas áreas da vida da pessoa, interferindo constantemente em seu comportamento. Um dos problemas mais comuns dessa condição é o tempo dedicado às obsessões e compulsões. Logo, chega atrasado no trabalho, na faculdade ou em compromissos sociais.
Ainda em relação aos prejuízos no trabalho, a obsessão por simetria e organização pode dificultar a conclusão de tarefas, atrasando prazos. A repetição desse comportamento de extrema cautela pode levar à demissão do profissional.
Os relacionamentos também sofrem, uma vez que o indivíduo pode ver as suas relações existentes ou a ideia de formar novas relações como perigosas. Ele teme colocar a vida dos outros em perigo ou ser perturbado por pensamentos obsessivos, então opta por se esquivar da sua vida social.
A preocupação excessiva com a contração de uma possível patologia pode levar à uma postura de cuidados extremos com a saúde e a limpeza. O indivíduo pode até mesmo evitar hospitais e consultórios médicos devido ao medo de ser contaminado. Quando está doente ou se fere, fica demasiadamente preocupado com a possibilidade de uma piora dos sintomas.
Em síntese, o TOC grave impede a pessoa de viver uma vida funcional e satisfatória. Ela está sempre correndo de alguma coisa, ou estressada ou preocupada com um assunto que, para a maioria das pessoas, não gera sentimentos intensos.
Quais são as causas do TOC?
As causas exatas do TOC ainda não foram identificadas. Os fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento dessa condição são:
- Sensibilidade à ansiedade e estresse;
- Experiências negativas ou traumáticas na infância e adolescência, como negligência, bullying ou abuso;
- Casos de condições de saúde mental, principalmente relacionadas à ansiedade, na família;
- Superproteção dos pais;
- Deficiência na produção de serotonina, o hormônio da felicidade; e
- Pessoas com personalidade rígida, meticulosa ou neurótica possuem maior probabilidade do que pessoas com personalidade tranquila.
É possível curar TOC?
O tratamento para o transtorno obsessivo-compulsivo pode não resultar em uma cura, mas ajudar a controlar os sintomas que prejudicam o cotidiano. Isso porque, como dito, a condição pode se tornar crônica em alguns casos.
Dependendo da severidade do caso, um tratamento de longa duração pode ser necessário para ajudar o paciente a controlar os sintomas, reduzir a ansiedade, remediar relacionamentos e desenvolver uma rotina funcional e agradável.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) costuma ser a mais ideal para tratar os sintomas do TOC, uma vez que os pacientes respondem bem às suas técnicas. Essa abordagem psicológica ajuda o paciente a entender todas as particularidades da sua condição, reconhecendo as obsessões e compulsões assim que se manifestam.
Atividades que objetivam expor o paciente a situações corriqueiras que despertam ansiedade e preocupação também fazem parte do tratamento.
Desse modo, ele aprende, aos poucos, a corrigir pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos. Apesar de não ser totalmente possível evitar as obsessões e compulsões em alguns casos, o paciente consegue, ao menos, ter reações menos estressantes a eles.
Como viver bem com o TOC?
Pessoas com essa condição com frequência pensam que não é possível levar uma vida normal por conta do seu diagnóstico. A verdade é que precisam dedicar cuidado extra à sua saúde mental, assim como pessoas com condições de saúde física fazem em virtude da sua patologia.
A atenção ao estresse e à ansiedade deve ser maior, já que a sensibilidade a eles também é maior. Ou seja, é preciso desenvolver técnicas de respiração profunda, praticar atividades físicas, meditar, adotar um passatempo, entre outras atividades que ajudam a fazer a manutenção do estado emocional.
Também é importante conhecer os seus gatilhos para a ansiedade. Os sintomas do TOC podem se manifestar de modo espontâneo ou ao entrar em contato com um fator estressor. Quanto mais autoconhecimento a pessoa com TOC tiver, menos desafiadora é a administração dessa condição.
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Autor: psicologa Andreia Crocco Santos - CRP 06/146707Formação: Pós-graduada em Psicanálise e os Desafios da Contemporaneidade. Pós-graduanda em Saúde Mental, Psicopatologia e atenção psicossocial. Atendimento Psicoterápico Clínico de casal e individual de adolescentes, adultos e idosos sob orientação psicanalítica e psicoterapia psicodinâmica
2 respostas em “Transtorno Obsessivo-Compulsivo: o que é, sintomas e tratamento”
Excelente.
Obrigado Dra.
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