Espero que você esteja gostando do nosso site. Se você quiser, conheça as psicólogas que atendem na Vila Olímpia presencialmente e também online por videochamada. Autor: Andreia Crocco Santos - Psicólogo CRP 06/146707
Você é das pessoas que acha que ser perfeccionista é uma qualidade ou um defeito? Essa caracaterística pode ser ambos, dependendo do nível que ela atinge o indivíduo e da maneira como ele lida com ela.
Inclusive, o perfeccionismo acaba sendo prejudicial quando impede a pessoa de executar suas tarefas.
Continue lendo para entender como isso acontece e de que maneira viver com a obsessão pela perfeição.
O que é perfeccionismo?
O perfeccionismo pode ser visto tanto como uma qualidade, quando ajuda a alcançar a excelência, quanto como um obstáculo, quando leva à paralisia ou exaustão.
Afinal, estamos falando de uma tendência comportamental caracterizada pela busca constante por padrões extremamente elevados de desempenho e por um foco excessivo em evitar erros.
Desta forma, pessoas perfeccionistas costumam estabelecer metas muito rigorosas e se sentem insatisfeitas, mesmo quando alcançam bons resultados, porque acreditam que sempre poderiam ter feito melhor.
Assim sendo, esse comportamento pode ser motivado por um desejo de aprovação ou medo de falhar, o que muitas vezes gera ansiedade, estresse e procrastinação.
Então, embora a busca pelo melhor de si seja visto como algo positivo em geral, é preciso tomar cuidado para não deixar que isso traga consequências negativas para a sua vida.
Como funciona o perfeccionismo
O perfeccionismo funciona por meio de um ciclo de padrões elevados, autocobrança e frustração.
Ele começa com a definição de metas extremamente altas, muitas vezes inatingíveis.
Quando uma pessoa perfeccionista se esforça para alcançar essas metas, qualquer pequeno erro ou imperfeição é visto como uma falha.
Isso gera uma sensação de insatisfação e autocritica intensa, mesmo quando o desempenho é bom.
Essa autocobrança constante pode levar a dois caminhos: esforço excessivo e burnout, onde a pessoa trabalha de forma compulsiva para tentar atingir a perfeição, ou procrastinação, quando o medo de não ser “bom o suficiente” faz com que a pessoa evite tarefas, gerando um complexo de inferioridade.
O perfeccionismo muitas vezes impede o reconhecimento de conquistas, já que o foco está sempre em alcançar algo melhor ou mais perfeito.
Portanto, isso pode resultar em ansiedade, estresse crônico e, em alguns casos, baixa autoestima, porque o perfeccionista sente que nunca atinge suas próprias expectativas.
O perfeccionismo pode ser prejudicial?
Sim, o perfeccionismo tem potencial de ser prejudicial por conta das sensações de não ser bom o suficiente e a eterna busca de atingir metas não realistas.
Afinal, isso pode acabar tirando o seu foco de coisas realmente são importantes.
Ansiedade e estresse
A pressão constante para atingir padrões perfeccionistas cria um ambiente de alta tensão, onde a pessoa está sempre preocupada em cometer erros ou em não ser boa o suficiente.
Essa preocupação constante gera ansiedade e estresse, que podem afetar a saúde mental e física, resultando em sintomas como fadiga, irritabilidade e dificuldade de concentração.
Procrastinação
Apesar de parecer contraditório, muitos perfeccionistas procrastinam.
Isso ocorre porque o medo de falhar ou de não alcançar o nível de perfeição desejado faz com que a pessoa adie o início ou a conclusão de tarefas.
A procrastinação se torna uma forma de evitar o desconforto emocional de lidar com a possibilidade de erros ou resultados imperfeitos.
Baixa autoestima
Perfeccionistas tendem a ter uma visão distorcida de si mesmos, focando apenas nas falhas e ignorando suas realizações.
Como resultado, mesmo quando alcançam coisas significativas, sentem que não são suficientes.
Isso pode prejudicar a autoestima, criando um ciclo de autocrítica e insatisfação pessoal.
Problemas de saúde mental
O perfeccionismo excessivo pode estar associado a uma série de problemas de saúde mental, como depressão, transtornos de ansiedade e esgotamento emocional (burnout).
A pessoa fica tão focada em cumprir expectativas irreais que acaba sobrecarregada e mentalmente exausta, o que compromete seu bem-estar geral e pode necessitar de intervenção profissional.
Impacto nas relações pessoais
O perfeccionismo também pode afetar negativamente as relações interpessoais.
A pessoa perfeccionista pode projetar suas expectativas irrealistas nos outros, esperando que amigos, familiares ou colegas de trabalho também atendam a padrões altos.
Isso pode gerar conflitos, frustração e distanciamento, além de causar problemas de comunicação e falta de empatia nas relações.
Como lidar com o perfeccionismo de forma saudável?
Se você tem tendência a ser perfeccionista, considere adotar as medidas abaixo para que seja possível conviver com isso e ainda ter um crescimento pessoal, profissional ou acadêmico sem se prejudicar.
Definir metas realistas
Transforme o perfeccionismo em uma ferramenta para o sucesso ao estabelecer metas desafiadoras, mas alcançáveis.
Em vez de buscar a perfeição absoluta, concentre-se em progressos consistentes e mensuráveis, permitindo que o foco esteja no aprendizado e não apenas nos resultados finais.
Dividir grandes tarefas em etapas menores
Ao fragmentar projetos grandes em pequenas etapas, o perfeccionista pode manter o foco e o controle sem se sobrecarregar.
Isso também permite celebrar pequenos avanços e revisar o progresso regularmente, diminuindo a ansiedade de querer que tudo esteja perfeito desde o início.
Aceitar erros como parte do processo
Ao aceitar que erros fazem parte do crescimento, o perfeccionismo pode ser canalizado para melhorar continuamente, em vez de paralisar.
Ver cada falha como uma oportunidade de aprendizado ajuda a desenvolver resiliência e a aperfeiçoar suas habilidades sem a pressão de ser impecável.
Focar no processo, não só no resultado
O perfeccionista positivo valoriza tanto o esforço quanto o resultado.
Ao concentrar-se no processo de realizar uma tarefa e aproveitar as etapas envolvidas, é possível sentir satisfação nas conquistas parciais e aprender ao longo do caminho, em vez de se preocupar apenas com o produto final.
Praticar autocompaixão
Adotar uma abordagem mais gentil consigo mesmo é essencial.
Reconhecer seus esforços e tratar-se com a mesma compreensão que você daria a outra pessoa em situação semelhante ajuda a evitar a autocrítica severa.
Com isso, o perfeccionismo se torna uma força motivadora, e não debilitante.
Buscar equilíbrio
Usar o perfeccionismo de maneira positiva envolve encontrar um equilíbrio entre alta performance e bem-estar.
Saber quando ajustar seus padrões, delegar tarefas ou buscar apoio é fundamental para evitar o esgotamento.
O equilíbrio permite que o perfeccionismo impulsione a excelência sem comprometer a saúde mental ou física.
Celebrar pequenas vitórias
Valorizar e celebrar pequenas conquistas no caminho para grandes metas é uma forma saudável de usar o perfeccionismo.
Isso cria um ciclo positivo de motivação, no qual o progresso é reconhecido e recompensado, promovendo a satisfação e evitando a frustração constante.
Aprender a dizer “não”
Perfeccionistas tendem a assumir mais responsabilidades do que podem manejar, na tentativa de agradar a todos ou fazer tudo perfeitamente, ou por comportamento impulsivo.
Aprender a dizer “não” quando necessário, focando nas prioridades, ajuda a evitar o esgotamento e a manter a qualidade no que realmente importa.
Comparações apenas consigo mesmo
Em vez de comparar-se constantemente com os outros, o perfeccionista pode usar sua própria evolução como medida de sucesso.
Isso ajuda a focar no crescimento pessoal e nas melhorias individuais, criando um senso de progresso contínuo e satisfação com o próprio desenvolvimento pessoal.
Caso não consiga controlar o perfeccionismo, considere falar com um psicólogo.
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Autor: psicologa Andreia Crocco Santos - CRP 06/146707Formação: Pós-graduada em Psicanálise e os Desafios da Contemporaneidade. Pós-graduanda em Saúde Mental, Psicopatologia e atenção psicossocial. Atendimento Psicoterápico Clínico de casal e individual de adolescentes, adultos e idosos sob orientação psicanalítica e psicoterapia psicodinâmica