Espero que você esteja gostando do nosso site. Se você quiser, conheça as psicólogas que atendem na Vila Olímpia presencialmente e também online por videochamada. Autor: Andreia Crocco Santos - Psicólogo CRP 06/146707
O inconsciente é uma parte da mente que armazena pensamentos, memórias e desejos dos quais não estamos cientes.
No conhecimento popular, costuma-se dizer que é aquela parte da mente que atua sem que tenhamos uma ação premeditada, e isso pode se manifestar por meio de falas ou maneiras de agir.
Porém, na psicologia, o inconsciente tem um papel de desvendar aquilo que está escondido no cérebro — e essas repressões foram primeiramente estudadas e organizadas pelas teorias da psicanálise de Sigmund Freud.
Continue lendo para saber mais!
O inconsciente na psicanálise
Sigmund Freud, o pai da psicanálise, desenvolveu uma teoria complexa sobre a mente humana, na qual o inconsciente desempenha um papel central.
Freud postulou que o inconsciente é um reservatório de pensamentos reprimidos, memórias traumáticas e desejos instintivos que, se trouxéssemos à consciência, poderiam causar angústia.
Para entender melhor essa estrutura, Freud desenvolveu vários conceitos e técnicas:
Consciente
O consciente inclui todos os pensamentos, percepções e sentimentos dos quais estamos cientes em um dado momento.
É a parte da mente que lida com a realidade imediata e os processos racionais.
Assim sendo, tudo o que percebemos e pensamos ativamente, como ler um livro ou planejar o dia, ocorre no nível consciente.
Pré-consciente
O pré-consciente contém informações que não estão presentes na nossa consciência imediata, mas que podem ser facilmente trazidas à tona.
Logo, essas informações incluem memórias e conhecimentos armazenados que podem ser acessados quando necessário, como lembrar o nome de um amigo ou uma data importante.
Inconsciente
O inconsciente abriga desejos, impulsos, memórias e sentimentos que estão fora de nossa consciência.
Segundo Freud, a maior parte do conteúdo da mente reside no inconsciente, e ele tem um impacto significativo em nossos comportamentos e experiências.
Portanto, o inconsciente é um reservatório de pensamentos reprimidos, memórias traumáticas e desejos instintivos que, se trazidos à consciência, poderiam causar angústia.
Id
A parte primitiva e instintiva da mente que busca satisfazer os desejos instintivos e impulsos.
Funciona sob o princípio do prazer, buscando gratificação imediata para necessidades e desejos básicos.
Ego
Atua como o mediador entre o id e a realidade externa.
Funciona sob o princípio da realidade, tentando satisfazer os desejos do id de maneiras realistas e socialmente aceitáveis.
Superego
Representa os padrões morais e éticos internalizados.
Funciona como uma consciência, avaliando ações e pensamentos com base nos valores e normas aprendidos durante a infância.
Mecanismos de defesa do incosciente
Os mecanismos de defesa são estratégias psicológicas inconscientes usadas pelo ego para proteger, por exemplo, a mente consciente de pensamentos e sentimentos potencialmente perigosos ou perturbadores.
Freud identificou vários desses mecanismos que ajudam a lidar com a ansiedade e o conflito interno, evitando o sofrimento emocional.
Aqui estão alguns dos principais mecanismos de defesa descritos por Freud:
Repressão
A repressão é a técnica de empurrar pensamentos e sentimentos indesejados para fora da consciência.
Esse mecanismo é essencial para manter memórias traumáticas ou desejos inaceitáveis fora da mente consciente.
Por exemplo, uma pessoa que sofreu um trauma na infância pode reprimir essas memórias dolorosas, impedindo que elas afetem seu dia a dia de forma consciente, embora possam influenciar o comportamento e as emoções de maneira indireta.
Negação
A negação envolve recusar-se a aceitar a realidade de uma situação dolorosa ou ameaçadora.
Esse mecanismo de defesa atua como uma forma de proteção contra sentimentos de angústia e evitação de mudanças, permitindo que a pessoa evite enfrentar uma verdade desconfortável.
Por exemplo, alguém que recebe um diagnóstico médico grave pode inicialmente negar a gravidade da situação, acreditando que há algum erro ou que os sintomas vão desaparecer por conta própria.
Projeção
A projeção é o ato de atribuir seus próprios desejos ou sentimentos inaceitáveis a outras pessoas.
Assim sendo, esse mecanismo ajuda a lidar com emoções que a pessoa não consegue admitir para si mesma.
Por exemplo, uma pessoa que sente inveja de um colega de trabalho pode acusar esse colega de ser invejoso, projetando seus próprios sentimentos sobre o outro.
Racionalização
A racionalização envolve justificar comportamentos ou sentimentos com explicações lógicas, mas não verdadeiras.
Esse mecanismo ajuda a evitar a verdadeira razão por trás de certos comportamentos, tornando-os mais aceitáveis para a consciência.
Por exemplo, uma pessoa que não foi promovida pode racionalizar a situação dizendo que não queria a promoção de qualquer maneira, minimizando a decepção e a frustração, e melhorando suas técnicas de desenvolvimento pessoal.
Deslocamento
O deslocamento é o mecanismo de transferir sentimentos de uma pessoa ou objeto para outro mais seguro.
Esse mecanismo permite que a pessoa expresse emoções sem enfrentar diretamente a fonte real desses sentimentos.
Por exemplo, uma pessoa que está frustrada com o chefe pode descontar a raiva em um colega de trabalho ou em casa, direcionando a emoção para um alvo menos ameaçador.
Métodos de acesso ao inconsciente
Para explorar e compreender o inconsciente, Freud desenvolveu várias técnicas terapêuticas.
Essas técnicas foram projetadas para trazer à tona pensamentos, sentimentos e desejos reprimidos, permitindo que os indivíduos ganhem uma melhor compreensão de seus conflitos internos.
Aqui estão os principais métodos de acesso ao inconsciente segundo Freud:
Análise dos sonhos
Freud considerava os sonhos como ‘a via régia para o inconsciente’.
Ele acreditava que os sonhos são uma manifestação dos desejos reprimidos e conflitos internos.
Durante o sono, a censura que a mente consciente impõe é relaxada, permitindo que conteúdos do inconsciente emergem em forma de símbolos e imagens oníricas.
Ao analisar esses sonhos, Freud buscava decifrar os significados ocultos e oferecer insights valiosos sobre o conteúdo do inconsciente.
Ele diferenciava entre o conteúdo manifesto do sonho (a história literal do sonho) e o conteúdo latente (os significados simbólicos subjacentes).
Associação livre
A técnica de associação livre envolve o paciente dizer tudo o que vem à mente sem censura ou filtragem.
Essa abordagem permite que conteúdos inconscientes emergem naturalmente, uma vez que a mente consciente não está controlando ou julgando os pensamentos.
Durante as sessões de associação livre, o terapeuta guia o paciente, incentivando-o a explorar e verbalizar pensamentos aparentemente desconexos.
Através desse processo, padrões e temas inconscientes começam a se revelar, facilitando a exploração dos conflitos internos e proporcionando uma melhor compreensão dos processos mentais.
Transferência
A transferência é um processo pelo qual os pacientes projetam sentimentos e atitudes inconscientes em relação a figuras significativas do passado sobre o terapeuta.
Esses sentimentos podem ser positivos ou negativos e refletem relacionamentos passados com pais, irmãos, ou outras figuras importantes.
Ela é usada na terapia para revelar e trabalhar questões emocionais profundas.
O terapeuta observa essas projeções e ajuda o paciente a entender e integrar esses sentimentos, promovendo a cura emocional e uma compreensão mais profunda dos padrões de relacionamento.
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Autor: psicologa Andreia Crocco Santos - CRP 06/146707Formação: Pós-graduada em Psicanálise e os Desafios da Contemporaneidade. Pós-graduanda em Saúde Mental, Psicopatologia e atenção psicossocial. Atendimento Psicoterápico Clínico de casal e individual de adolescentes, adultos e idosos sob orientação psicanalítica e psicoterapia psicodinâmica