Espero que você esteja gostando do nosso site. Se você quiser, conheça as psicólogas que atendem na Vila Olímpia presencialmente e também online por videochamada. Autor: Andreia Crocco Santos - Psicólogo CRP 06/146707
Você se acha inferior aos outros? É comum ter dúvidas sobre as suas competências, forças, qualidades e outras características positivas de vez em quando. Afinal, ninguém nasce sabendo de tudo ou sendo bom em tudo.
Ansiedade e dúvidas momentâneas costumam surgir quando é preciso encarar uma situação nova.
Em algum momento, você pode chegar a pensar que não é capaz.
Entretanto, quando esse desafio é superado, a tendência é esses sentimentos desaparecerem.
No complexo de inferioridade, o indivíduo não consegue se desvencilhar da sensação de incompetência, independentemente da situação.
De acordo com psicólogos, ele carrega consigo dúvidas constantes sobre a sua personalidade e capacidade, levando uma vida privada de oportunidades em razão de suas próprias decisões.
O que é complexo de inferioridade?
O complexo de inferioridade refere-se ao sentimento constante de ser incapaz de atingir os padrões considerados ideais pela sociedade, grupos ou pessoa específica.
Ele não é uma condição propriamente dita, mas, sim, um termo para explicar a sensação de impotência compartilhada entre centenas de pessoas.
O psicanalista austríaco Alfred Adler, fundador da psicologia do desenvolvimento individual, usou a expressão pela primeira vez em 1907.
Ele acreditava que as pessoas desenvolvem esse sentimento de fragilidade em relação ao mundo e aos outros ainda na infância, quando a criança percebe a sua pequenez diante do mundo.
É importante ser capaz de reconhecer os seus defeitos, limitações e erros.
A identificação desse conjunto possibilita a correção de comportamentos inadequados, visando um melhor aproveitamento da rotina, trabalho, relacionamentos e autoestima.
A pessoa que se sente inferior não consegue fazer esse julgamento de modo que a beneficie.
Ela vê os seus defeitos, limitações e erros como atestado de insuficiência e se resigna à essa ‘verdade’.
Ou seja, ela não tenta mudar ou se corrigir porque acredita que isso é impossível.
Qual os sintomas de complexo de inferioridade?
Os sintomas do complexo de inferioridade são, em sua maioria, inconscientes.
Eles estão por trás dos hábitos autodestrutivos de quem sofre dessa desvalorização extrema.
Veja, abaixo, os sintomas deste complexo.
- Busca incansável por validação e reconhecimento;
- Comparar-se o tempo inteiro;
- Perfeccionismo;
- Timidez excessiva;
- Dificuldade para ouvir ‘não’;
- Dificuldade para se firmar relacionamentos;
- Inveja das conquistas alheias;
- Necessidade de apontar defeitos nos outros para se sentir melhor;
- Evitar certos ambientes, pessoas e situações;
- Pensamentos autodepreciativos;
- Pessimismo; e
- Necessidade de agradar os outros.
Se você se identificou com um ou mais desses sintomas, você pode sofrer de complexo de inferioridade sem ter consciência disso.
O que leva uma pessoa a ter baixa autoestima?
O complexo de inferioridade está intrinsecamente ligado à baixa autoestima.
O desenvolvimento de uma opinião negativa de si mesmo normalmente acontece ao longo do crescimento, mas não necessariamente pelo motivo que o psicanalista Adler acreditava.
A baixa autoestima pode ser o resultado de:
- Traumas de infância;
- Experiências negativas na escola ou em casa;
- Tendência natural ao pessimismo;
- Educação opressiva;
- Discriminação social;
- Sensibilidade ao estresse;
- Relacionamentos abusivos;
- Internalização de opiniões alheias; e
- Busca infindável por perfeição.
A pessoa com baixa autoestima passa pela vida se colocando em lugares de inferioridade, pois acredita que eles são merecidos.
Deste modo, ela se acostuma a receber menos do que ela merece, a se punir por seus erros e a não se achar uma pessoa competente.
Ela foge dos holofotes para preservar a sua saúde mental, negando oportunidades de se desenvolver a si mesma.
Por essa razão, costuma ser difícil para quem tem baixa autoestima se perceber e, ainda, mudar as suas interpretações negativas de si mesmo.
Por mais que ela receba elogios e reconhecimentos por seu trabalho, a pessoa com baixa autoestima está tão certa de sua inferioridade que ela não acredita nos outros.
Como lidar com pessoas que têm complexo de inferioridade?
Como você já sabe, é difícil perceber e reagir ao complexo de inferioridade.
Por isso, paciência é fundamental quando se está lidando com pessoas que possuem uma visão extremamente negativa de si mesmas.
Ao receber um elogio ou um conselho para procurar ajuda, a primeira reação dessas pessoas costuma ser a recusa.
Como acreditam que merecem somente o que é ruim, elas demoram a assimilar opiniões positivas ou possibilidades de demora.
Mesmo com a relutância da pessoa, continue elogiando-a quando for preciso e oferecendo apoio para ouvir os desabafos dela.
Pode não parecer, mas a escuta é muito poderosa.
Apenas a consciência de que está sendo ouvida e compreendida pode fazer bem para a pessoa que se sente inferior.
É importante não alimentar os pensamentos autodepreciativos da pessoa, bem como evitar enaltecê-la como se ela fosse incapaz de errar.
Busque o equilíbrio para que ela compreenda, aos poucos, que todos são passíveis de erros e acertos, por isso, condenar é desnecessário.
Como acabar com o complexo de inferioridade?
Para vencer o complexo de inferioridade, é preciso alterar padrões negativos de pensamento e hábitos, como, por exemplo, o da autopunição e da comparação.
É o mesmo processo da mudança de hábitos.
Basicamente, você precisa substituir o negativo pelo positivo através da disciplina e repetição. Algumas maneiras de fazer isso são:
1. Aprenda a se valorizar
Falar é fácil, mas como começar a se valorizar depois de uma vida inteira alimentando o desgosto por si mesmo?
Primeiramente, seja paciente consigo mesmo.
Você provavelmente voltará a ter pensamentos e falas autodepreciativas após decidir começar a praticar o amor-próprio.
Essa recaída é normal em qualquer processo de mudança.
Em segundo lugar, encontre um momento na sua rotina para fazer exercícios de autoaceitação e amor-próprio, tais como:
- Elencar as suas qualidades;
- Celebrar as suas conquistas, independentemente do tamanho;
- Aceitar elogios e reconhecimentos;
- Trabalhar nos seus defeitos de maneira proativa em vez de se punir por tê-los;
- Repetir frases de autoafirmação positiva, como “eu sou capaz”, “eu consigo” e “eu sou importante”;
- Deixar de procurar a validação dos outros, trazendo o foco para você; e
- Praticar a autocrítica visando o desenvolvimento pessoal, não a autopunição.
A cada dia, coloque um ou mais dessas práticas em ação.
Para que elas promovam mudanças positivas na sua vida, precisam ser praticadas com frequência.
Nas primeiras semanas, você pode agendar um compromisso consigo mesmo para praticar uma das técnicas mencionadas.
Com o tempo, elas passarão a ser automáticas.
2. Desenvolva a autocompaixão
Uma das maneiras de elevar a sua autoestima é desenvolver a autocompaixão.
Pessoas com complexo de inferioridade se julgam ser as piores pessoas do mundo, quando, na verdade, são apenas seres humanos imperfeitos, assim como todo mundo.
Quando você errar ou fracassar, assuma a responsabilidade por seus atos, mas não se culpe.
Assumir a responsabilidade favorece a tomada de decisão e a proatividade para fazer remediações e iniciar novas tentativas para buscar o sucesso almejado.
A culpa, por outro lado, promove a estagnação e mina a autoestima. Ou seja, ela não ajuda em nada.
3. Trazer novidades para a sua vida
Adicione uma pitada de novidade na sua vida sempre que possível.
Com a repetição constante de obrigações, os nossos dias podem ficar muito monótonos.
A mesmice rouba a alegria, deixando as pessoas desanimadas e desinteressadas.
Além disso, quem tem complexo de inferioridade tende a evitar novidades por temer fazer algo errado e, consequentemente, passar vergonha ou comprovar alguma crença negativa que nutre sobre si mesmo.
Ao deixar a sua vida mais dinâmica, você não apenas cuida do seu humor, como também enfrenta medos e dúvidas que o tornam prisioneiro dessa mentalidade de desvalorização.
Você pode começar a fazer isso com um hobby.
Seleciona uma habilidade para aprender ou atividade para praticar com a única intenção de se divertir e melhorar a sua qualidade de vida.
À medida que você afia as suas competências, vai sentir uma sensação de orgulho e autorrealização.
Você também pode praticar atividades físicas, viajar, iniciar um curso ou conhecer lugares novos na sua própria cidade.
4. Faça terapia
A terapia é uma das ferramentas mais eficazes para acabar com o complexo de inferioridade.
Isso porque o psicólogo consegue acessar partes de seus pacientes que eles próprios têm dificuldade de acessar.
Dessa forma, o profissional joga luz sobre pontos problemáticos e incentiva a reflexão acerca de uma diversidade de fatores, como carreira profissional, problemas conjugais, sintomas da depressão e autoestima.
O processo de autoaceitação não é fácil, embora seja necessário.
Com a orientação e apoio de um psicólogo, o processo de mudança comportamental se torna menos doloroso.
Os pacientes de terapia adquirem uma compreensão mais profunda de quem eles são, tirando um peso das dúvidas e medos sobre a sua própria personalidade.
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Autor: psicologa Andreia Crocco Santos - CRP 06/146707Formação: Pós-graduada em Psicanálise e os Desafios da Contemporaneidade. Pós-graduanda em Saúde Mental, Psicopatologia e atenção psicossocial. Atendimento Psicoterápico Clínico de casal e individual de adolescentes, adultos e idosos sob orientação psicanalítica e psicoterapia psicodinâmica
3 respostas em “Complexo de inferioridade e Autoestima: qual é a verdadeira relação?”
Excelente Dra.
Boa noite tenho lido alguns artigos e tenho achado propriamente de uma extrema ajuda
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