Espero que você esteja gostando do nosso site. Se você quiser, conheça as psicólogas que atendem na Vila Olímpia presencialmente e também online por videochamada. Autor: Andreia Crocco Santos - Psicólogo CRP 06/146707
A ansiedade é um dos tópicos mais debatidos na atualidade quando o assunto é saúde mental. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 19 milhões de brasileiros tem alguma condição de saúde relacionada à ansiedade. Ainda assim, muitas pessoas não sabem identificar os sintomas ou não os levam tão a sério.
Negligenciar a saúde mental, segundo psicólogos, permite que os sintomas ansiosos se intensifiquem e se transformem em empecilhos. Além disso, essa atitude impede que as pessoas ansiosas tenham acesso ao tratamento adequado para o seu caso.
O que é ansiedade?
Ficamos ansiosos quando precisamos fazer algo fora da nossa zona de conforto. Executar uma atividade nunca feita antes, apresentar um projeto no trabalho, fazer uma prova para um concurso público… Não sabemos o que pode acontecer nessas situações, então nos preocupamos com os possíveis desenvolvimentos.
A ansiedade normalmente desaparece assim que passamos pela experiência a qual temíamos. Algumas pessoas, contudo, têm dificuldade para controlar a sua ansiedade. A duração desse sentimento é a principal diferença entre ser ansioso e ter ansiedade.
Pessoas ansiosas se preocupam excessivamente e não conseguem se desligar do objeto de sua preocupação. Com a ansiedade, outras emoções são desencadeadas, como angústia, medo e tensão. Consequentemente, elas sofrem com a influência dessas emoções negativas no seu dia a dia.
A ansiedade não é inteiramente ruim. Esse sentimento é essencial para nos prepararmos para múltiplas situações da vida. A preocupação é um sinal de que não estamos totalmente confiantes em nossa capacidade e precisamos adquirir conhecimento, nos planejar ou buscar alternativas para passarmos pelo superarmos o desafio.
O problema é quando a ansiedade adquire grandes proporções, deixando de ser controlável. Enquanto algumas pessoas desenvolvem condições de saúde mental em razão disso, outras já nascem com sensibilidade à ansiedade e estresse.
Sintomas da ansiedade
A ansiedade manifesta sintomas emocionais e físicos. Cada pessoa os experimenta de modo diferente. O desconforto emocional pode ser mais acentuado para algumas pessoas enquanto, para outras, o desconforto físico é mais forte. Então, é complicado fazer comparações entre casos.
Os sintomas físicos são:
- Respiração ofegante;
- Fala acelerada;
- Palpitações;
- Tensão muscular;
- Tremores pelo corpo;
- Sensação de falta de ar;
- Roer as unhas;
- Dor no peito;
- Náusea; e
- Desconforto estomacal.
Os sintomas emocionais são:
- Medo;
- Pensamentos acelerados;
- Dificuldade de concentração;
- Sensação de desmaio;
- Medo de perder o controle;
- Irritabilidade;
- Nervosismo;
- Sensação de que algo ruim vai acontecer;
- Excesso de preocupação; e
- Sensação de estar desconectado do ambiente.
Para a ansiedade ser considerada crônica, esses sintomas precisam se repetir com frequência e não ter relação com situações estressantes.
Por exemplo, a pessoa ansiosa se preocupa com as mínimas situações e sofre por antecedência. Quando finalmente encara o objeto de sua preocupação, percebe que não foi tão ruim assim. Esse ciclo se repete constantemente e causa muito estresse.
A pessoa ansiosa também se preocupa em excesso com o passado, mesmo que não possa fazer nada para mudá-lo. Por exemplo, pode avaliar as suas ações e as palavras ditas durante um momento social diversas vezes em busca de erros.
Crise de ansiedade
A crise de ansiedade acontece quando múltiplos sintomas da ansiedade se manifestam de uma única vez. Ela pode ser desencadeada subitamente ou após o encontro com um gatilho da ansiedade.
Os sintomas da crise ansiosa são um conjunto de sintomas psicológicos e físicos. O indivíduo em crise sente dor no peito, falta de ar, sensação de desmaio, tensão muscular, medo irracional, nervosismo, entre outros.
As palpitações e a dormência de alguns membros pode levar o indivíduo a acreditar que está tendo um ataque cardíaco. É comum que as pessoas corram para o hospital e, ao efetuarem os exames iniciais, descubram que estão tendo uma crise de ansiedade.
O que causa a ansiedade?
Como dito, a ansiedade é uma reação normal diante de situações que despertam preocupação e nervosismo. Já o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é uma condição de saúde mental cuja causa é um conjunto de fatores, como:
- Fatores ambientais: estilo de vida estressante, vida profissional agitada, ambiente familiar opressivo, conflitos constantes nos relacionamentos, hábitos negativos, etc.
- Genética: a possibilidade de uma pessoa com histórico de ansiedade na família desenvolver uma condição séria é mais alta do que pessoas sem histórico familiar de ansiedade.
- Experiências de vida: bullying na escola, separação dos pais, situações de violência, decepções amorosas, relacionamento abusivo, demissão e experiências negativas no geral.
- Fatores emocionais: baixa resistência ao estresse e à ansiedade, falta de autoestima, pessimismo, entre outros.
Além disso, a ansiedade é o principal sintoma de várias condições de saúde mental, como transtorno do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e fobias. Pessoas com sensibilidade a ansiedade possuem mais probabilidade de desenvolvê-las em algum momento da vida.
Quais são os tratamentos para ansiedade?
O tratamento para ansiedade é feito com terapia e, quando há necessidade, medicamentos psiquiátricos prescritos pelo psiquiatra. Como cada caso é um caso é indispensável visitar o médico e psicólogo para fazer uma avaliação.
Na terapia, pacientes ansiosos aprendem a lidar com as manifestações da ansiedade no cotidiano. Além de entender como a ansiedade afeta as suas vidas, pensamentos, decisões e ações, os pacientes desenvolvem respostas mais saudáveis aos acontecimentos e à ansiedade.
Pacientes ansiosos costumam ter pensamentos negativos sobre si mesmos, o que contribui para a intensificação da ansiedade. Com a ajuda do psicólogo, eles conseguem trabalhar essas questões negativas e desenvolver uma opinião mais favorável sobre si mesmos, a qual os motiva a seguir com o tratamento.
Nos casos mais leves, as estratégias ensinadas pelos psicólogo são o suficiente para acalmar a ansiedade no dia a dia. Entretanto, nos mais graves, os medicamentos psiquiátricos podem ser necessários para amenizar os sintomas.
Se você acredita que está sofrendo de ansiedade, não hesite em buscar ajuda profissional. Quando a ansiedade é ignorada, ela tende a crescer e prejudicar diversas áreas da vida, como o trabalho, o relacionamento e até a vida financeira. Além disso, ela pode dar origem a diversas condições de saúde mental e física.
Dicas para conviver com a ansiedade
A ansiedade é um sentimento que nos acompanhará pelo resto da vida. Sendo assim, é importante aprender a gerenciá-la da melhor forma possível. Quem tem ansiedade generalizada ou outra condição associada à ansiedade, sobretudo, deve adotar estratégias diárias para acalmá-la.
Veja, em seguida, alguns hábitos saudáveis que ajudam a conviver com ansiedade:
1. Dormir bem
Dormir as horas necessárias para o corpo e a mente descansarem é essencial para quem tem ansiedade. Horários irregulares intensificam os sintomas, além de aumentarem os níveis de estresse.
Então, desenvolva uma rotina do sono para adormecer no horário certo e descansar durante toda a noite. Você pode reduzir os estímulos de aparelhos eletrônicos horas antes de dormir, tomar uma chá relaxante ou banho quente, e ir para cama cedo.
2. Praticar exercícios físicos
Exercícios físicos regulares ajudam a controlar os níveis de ansiedade e estresse. Pode ser um desafio desenvolver esse hábito a princípio, mas o esforço diário trará resultados tanto para a saúde física quanto mental. Assim, a obrigação para movimentar o corpo se transformará em motivação. Encontre uma atividade física que lhe agrade e repita a prática durante, pelo menos, três vezes na semana.
3. Acordar cedo
Assim como ter uma boa noite de sono e dormir em horários adequados ajudam a controlar a ansiedade, acordar cedo tem o mesmo efeito. Primeiramente, acordar no horário certo ajuda o corpo a regular funções, como a produção de cortisol, o hormônio do estresse. Outro beneficio é evitar preocupações com horários. Se você acordar 15 minutos mais cedo, por exemplo, terá mais tempo para realizar a sua rotina matinal e sair de casa com tranquilidade.
4. Fazer listas
Listas ajudam a manter o controle do que precisamos fazer no dia a dia. Pessoas ansiosas podem se beneficiar com as listas de afazeres tanto por elas ajudarem a lembrar de datas e horários importantes quanto porque promovem a autorrealização. Ao riscar um item da lista, surge a sensação de ‘dever cumprido’. Além disso, conseguimos ter um panorama do que realizamos ao longo do tempo.
5. Praticar meditação
A meditação é uma prática relaxante com capacidade de reduzir a ansiedade e estimular emoções positivas, além de clarear a mente. O fluxo de pensamentos de quem convive com a ansiedade pode levar à exaustão mental com facilidade. A meditação é excelente para acalmar os pensamentos acelerados, dando origem a um estado de tranquilidade interior e prolongando o bem-estar.
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Autor: psicologa Andreia Crocco Santos - CRP 06/146707Formação: Pós-graduada em Psicanálise e os Desafios da Contemporaneidade. Pós-graduanda em Saúde Mental, Psicopatologia e atenção psicossocial. Atendimento Psicoterápico Clínico de casal e individual de adolescentes, adultos e idosos sob orientação psicanalítica e psicoterapia psicodinâmica