Espero que você esteja gostando do nosso site. Se você quiser, conheça as psicólogas que atendem na Vila Olímpia presencialmente e também online por videochamada. Autor: Andreia Crocco Santos - Psicólogo CRP 06/146707
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das abordagens psicológicas mais utilizadas na atualidade. Ela foi elaborada na década de 60 pelo psicólogo norte-americano Aaron Beck.
Insatisfeito com os resultados do tratamento padrão da depressão naquela época, o psicólogo começou a fazer os seus próprios estudos sobre a condição.
Beck descobriu que os pensamentos e as crenças negativas exercem uma influência maior do que se acreditava no desenvolvimento e na manutenção da depressão.
Assim, o psicólogo criou um tratamento de curta duração para tratar os sintomas depressivos. Esse tratamento foi estendido para outras condições de saúde mental e incômodos emocionais.
De fato, no dia a dia, as pessoas tendem a alimentar muitos pensamentos negativos sem perceber.
O estresse, as frustrações e os problemas ocupam as suas mentes na maior parte do tempo. A atenção à qualidade dos pensamentos acaba ficando em segundo plano e corroborando para a deterioração da saúde mental e física.
O que é terapia cognitivo-comportamental?
A terapia cognitivo-comportamental é uma abordagem psicológica cujo foco são os pensamentos e as crenças internalizadas pelas pessoas ao longo da vida.
O seu objetivo é promover mudanças no comportamento ao modificar a maneira como as pessoas pensam, além de erradicar crenças que limitam o seu potencial.
O conteúdo dos nossos pensamentos é mais importante do que se imagina.
Por exemplo, uma pessoa que há muito tempo têm pensamentos autodepreciativos, como “eu não sou bom o suficiente” ou “eu não sou merecedor”, nega oportunidades de crescer, ter sucesso e ser feliz.
Embora tenha ambições, ela se coloca em posições que dificultam a sua realização por conta desse padrão de pensamento negativo.
Consequentemente, o seu comportamento valida as crenças negativas criadas a respeito de si mesma. Afinal, é preciso aproveitar as oportunidades quando elas batem à porta para conseguir o que deseja, não é?
A TCC auxilia as pessoas a perceberem e a modificarem padrões de pensamentos limitantes, substituindo-os por versões positivas.
Outro conceito desse tipo de terapia reside na relação entre o modo como as pessoas enxergam as situações e como as situações realmente são. A nossa interpretação e reação aos acontecimentos tem mais a ver conosco do que com os próprios acontecimentos.
Seguindo o exemplo anterior, a pessoa que acredita ser insuficiente tende a ter uma visão distorcida da realidade, sempre puxando os acontecimentos para o lado negativo.
Ela não consegue perceber que tem uma parcela de responsabilidade em seus fracassos e frustrações. Eles são atribuídos à injustiça da vida, aos outros e à sua irrevogável natureza incompetente.
O que a terapia cognitivo-comportamental pode tratar?
A TCC parte da premissa que os nossos pensamentos influenciam os nossos comportamentos, emoções e decisões. Então, ela é eficaz para o tratamento de uma série de questões e está entre as abordagens psicológicas mais comuns.
Esse tipo de terapia pode tratar hábitos nocivos que interferem na qualidade de vida, principalmente quando as pessoas não têm noção disso.
Uma pessoa com autoestima baixa, por exemplo, pode trabalhar, junto com o psicólogo, para melhorar a maneira como pensa sobre si mesma.
Dessa maneira, ela passa a tomar atitudes que lhe ajudam a alcançar seus objetivos e encontrar a felicidade porque acredita merecer isso.
A TCC também pode ajudar a tratar desafios pontuais, como:
- Perda de um ente querido;
- Demissão;
- Término de relacionamento;
- Problemas financeiros;
- Diagnóstico de uma doença grave;
- Dúvidas profissionais; e
- Conflitos familiares.
Já as condições de saúde mental indicadas para o tratamento com a TCC são depressão, transtorno de ansiedade generalizada (TAG), transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), distúrbios do sono, distúrbios alimentares e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Como a terapia cognitivo-comportamental funciona na prática?
As consultas dessa abordagem psicológica envolvem a colaboração direta entre paciente e psicólogo e o desenvolvimento de planos de ação.
Além do paciente discorrer sobre as suas angústias e problemas, como acontece em todas as abordagens conversacionais, são estabelecidas metas para ajudá-lo a fazer mudanças.
Ele consegue organizar as questões a serem trabalhadas em ordem de prioridade e focar em uma por vez.
Por exemplo, um paciente com pretensão de parar de fumar define, com o auxílio do psicólogo, pequenas metas a serem completadas a cada dia para quebrar o hábito.
A cada sessão, o seu progresso é analisado, bem como os desafios para alcançar as metas. Neste caso específico, eles podem envolver o medo da mudança, ansiedade, sintomas de abstinência e ausência de suporte de pessoas queridas.
A mesma estrutura é eficaz para tratar sintomas da depressão, baixa autoestima, insegurança, problemas familiares, entre outros.
Uma estratégia é planejada com base nos dados coletados pelo psicólogo durante as sessões e aplicada na forma de “deveres de casa”. Na próxima sessão, os resultados são analisados para determinar se a estratégia é eficiente ou não.
A TCC é uma abordagem bem flexível. É normal que novas questões sejam trazidas à tona no decorrer das sessões, exigindo a mudança das metas já definidas.
O paciente não precisa se sentir obrigado a completá-las quando elas deixam de fazer sentido ou ao identificar que os métodos utilizados para tal não estão dando certo.
Quando isso acontece, ele pode expressar as suas dificuldades ao psicólogo e estabelecer novas metas ou modificar o plano de ação por completo.
Benefícios da terapia cognitivo-comportamental
Existem muitas abordagens psicológicas e todas possuem pontos positivos. Todavia, os pontos positivos de um tipo de terapia podem ser vistos como pontos negativos dependendo do que o paciente quer e precisa. Então, a escolha da abordagem é muito pessoal e varia de caso para caso.
Ainda assim, para fins de esclarecimento, separamos os principais benefícios da terapia cognitivo-comportamental abaixo.
1. Desenvolvimento da autonomia
As pessoas são capacitadas a lidar com seus problemas de maneira mais otimista e produtiva. Encontrar soluções viáveis para conflitos interpessoais, ter paciência em momentos de adversidade, gerenciar o estresse e controlar as emoções progressivamente se torna mais fácil.
Ao identificarem os pensamentos que originam hábitos que interferem negativamente em seu jeito de ser, as pessoas são capazes de escolher mudá-los.
A realização de que estão no controle dos seus pensamentos e, por conseguinte, pensamentos e emoções, é importante para que elas consigam fazer as mudanças que desejam em suas vidas.
2. Tratamento objetivo
Esse tipo de atendimento psicológico é mais objetivo, tendo como foco solucionar problemas pontuais e dar alta ao paciente assim que isso é alcançado.
É diferente de outras abordagens que se alongam por anos porque os pacientes desejam aprofundar o conhecimento de si mesmos.
O total de sessões da TCC está entre cinco e 20 encontros, mas esse número pode diminuir ou aumentar conforme a necessidade do paciente.
3. Facilidade para observar os resultados
Como o paciente define metas a cada sessão, é mais fácil identificar os resultados positivos da terapia no cotidiano. Cada meta concluída gera consequências palpáveis que movimentam a vida do paciente.
Dessa maneira, o paciente é estimulado a continuar cumprindo metas e tem probabilidades menores de desanimar durante o tratamento. Quem gosta de seguir cronogramas e planos, sobretudo, se identifica com a TCC.
4. Aprofundamento do autoconhecimento
A psicoterapia como um todo leva ao autoconhecimento. Os pacientes são incentivados a refletir sobre quem são, como encaram as situações e como é o seu modo de funcionar no dia a dia.
No caso da terapia cognitivo-comportamental, o paciente descobre um pouco mais sobre como gosta de fazer as coisas e quais situações causam reações emocionais intensas.
Também conseguem identificar as melhores estratégias para lidar com acontecimentos, sejam negativos ou positivos.
5. Participação ativa do paciente
Em comparação a outras abordagens psicológicas, o paciente tem uma papel mais presente na TCC. Isso se dá pela definição e o cumprimento das tarefas estipuladas a cada sessão.
Além disso, o paciente e o psicólogo trabalham em conjunto para encontrar métodos confortáveis de mudar hábitos e pensamentos.
Embora a terapia cognitivo-comportamental tenha técnicas específicas embasadas em sua teoria, os pacientes respondem de maneira distinta a elas.
Enquanto um paciente se beneficia de uma técnica, outro pode ter dificuldade para se sentir confortável com ela.
Como decidir se a TCC é a abordagem ideal?
Como dito, a escolha da abordagem psicológica é muito pessoal. Há pacientes que gostam muito da TCC, por isso, conseguem se desenvolver facilmente com ela.
Já outros pacientes não se identificam com a estrutura de metas e optam por outro tipo de terapia.
Para saber se a terapia cognitivo-comportamental é a ideal para você, converse com o psicólogo que trabalha com essa abordagem antes de iniciar a terapia.
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Autor: psicologa Andreia Crocco Santos - CRP 06/146707Formação: Pós-graduada em Psicanálise e os Desafios da Contemporaneidade. Pós-graduanda em Saúde Mental, Psicopatologia e atenção psicossocial. Atendimento Psicoterápico Clínico de casal e individual de adolescentes, adultos e idosos sob orientação psicanalítica e psicoterapia psicodinâmica